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Eleitores da Califórnia vão às urnas nesta terça-feira, 04, em um referendo que vai impactar a batalha pelo controle da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos no ano que vem. Caso a proposta do governador Gavin Newsom seja aprovada, o mapa de distritos eleitorais do Estado deve mudar, em um movimento que deve favorecer o Partido Democrata e reduzir o número de congressistas republicanos.
O resultado deve modificar as perspectivas dos democratas nas eleições de meio de mandato do próximo ano em meio a chamada “batalha dos mapas”, iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para conquistar mais cadeiras no Congresso antes do pleito do ano que vem.
Atualmente os republicanos controlam as duas casas legislativas, mas caso os democratas consigam a maioria na Câmara dos Deputados no ano que vem, a agenda de Trump poderia ser freada pela oposição.
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“Deus nos ajude se perdermos na Califórnia”, disse o governador democrata Gavin Newsom.
O referendo foi planificado como uma tentativa de contrapor o movimento do Partido Republicano de redistribuir os distritos em Estados que eles tem maioria. Texas, Missouri e Carolina do Norte já apresentaram novos mapas favoráveis aos republicanos para as eleições do ano que vem.
A Califórnia, um Estado fortemente Democrata que elege 52 deputados da Câmara dos Representantes em Washington, representa, de longe, a melhor oportunidade para os democratas lutarem contra essas medidas. O partido possuí 43 das 52 cadeiras e espera aumentar esse número para 48. Continua depois da publicidade
A Proposta 50 da Califórnia pede aos eleitores que suspendam os mapas da Câmara desenhados por uma comissão independente e os substituam por distritos reformulados adotados pela Legislatura controlada pelos Democratas. Esses novos distritos estariam em vigor para as eleições de 2026, 2028 e 2030.
Os distritos reformulados visam diluir o poder dos eleitores republicanos, unindo partes rurais e de inclinação conservadora do extremo norte da Califórnia com o Condado de Marin, um reduto costeiro e progressista perto de São Francisco.
A medida foi liderada por Newsom, que lançou o peso de sua operação política em apoio ao referendo como um grande teste de sua capacidade de estimular os eleitores antes de uma potencial campanha presidencial em 2028. O ex-presidente Barack Obama também pediu o apoio dos eleitores. “Os republicanos querem roubar cadeiras suficientes no Congresso para manipular a próxima eleição e exercer um poder incontestado por mais dois anos”, diz Obama em um anúncio. “Você pode parar os republicanos em seu caminho.”
Os críticos do projeto argumentam que a Califórnia não pode seguir o mesmo caminho de outros Estados. A comissão independente atual é considerada justa e bipartidária.
Entre os opositores mais ferrenhos do referendo está Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador republicano que pressionou pela criação da comissão independente. “Não faz sentido combater Trump tornando-se ele”, disse Schwarzenegger em setembro, argumentando que a proposta “tiraria o poder do povo.”
Os democratas esperam ganhar até cinco cadeiras na Califórnia se os eleitores aprovarem o referendo, compensando as cinco que os republicanos esperam ganhar com seus novos mapas no Texas. O partido de Donald Trump também deseja conquistar outras cadeiras com os novos mapas do Missouri e da Carolina do Norte.
Geralmente, o processo de redistribuição ocorre a cada 10 anos, após o censo, para refletir as mudanças populacionais em um processo conhecido como redistritamento. Políticos de ambos os partidos aproveitam o processo de redistritamento para manipular os mapas e favorecer certos candidatos, em uma prática conhecida como gerrymandering.
O próximo censo só deve ocorrer em 2030, mas Trump iniciou uma política de pressão para que os Estados americanos fizessem novos mapas antes do previsto.
Além da Califórnia, outros Estados com maioria democrata como Illinois, Maine, Oregon e Nova York estudam maneiras de redistribuir os seus distritos antes das eleições de meio de mandato.
Referendo
Gerrymandering
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