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1 ano atrásem
A médica Geysa Leal Corrêa faz procedimentos estéticos em dois consultórios no Rio, um em Laranjeiras, na Zona Sul, e outro em Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana. Em seu site, ela se orgulha pelos 27 anos como cirurgiã, além dos 18 realizando plásticas: “tenho uma paixão pela lipoaspiração, lipoescultura, hidrolipo e todas as técnicas de harmonização corporal relacionadas”. No Instagram, rede com 25,4 mil seguidores, ela esclarece dúvidas, divulga o trabalho e comenta casos em que é investigada. Ao todo, Geysa é ré em um processo criminal de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e em sete processos cíveis por erro médico com pedido de indenização. Além disso, aparece como autora em sete inquéritos policiais que denunciam complicações em cirurgias.
Somente este ano, em um intervalo de dois meses, Geysa aparece relacionada à morte de duas pacientes. Aline Heloísa Lima Santos, de 38 anos, fez uma lipoaspiração com a cirurgiã no dia 13 de novembro, e morreu, nove dias depois, por complicações. A outra, Silvia de Oliveira Martins, advogada de Mc Poze, fez o mesmo procedimento estético no dia 15 de setembro, falecendo dois dias depois. A causa da morte, exposta na certidão de óbito, aponta três complicações: choque hemorrágico, sangramento interno no abdômen e embolia pulmonar. Ambos os casos estão sendo investigados pela polícia.
O advogado da médica, Lymark Kamaroff, explica, em nota, que a morte de Aline não apresenta nexo de causalidade com a atuação da Dra. Geysa, que sempre agiu diligentemente, seguindo os padrões preconizado pela boa técnica, e que todas as pacientes assinam um termo de consentimento livre e esclarecido para a possibilidade de ocorrer um evento adverso, que pode ser uma complicação ou intercorrência. Além disso, destacou que Aline não tinha qualquer comorbidade ou contraindicação para o ato cirúrgico, e foi transferida para um centro de referência no tratamento após as complicações.
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) afirmou que abriu sindicância para investigar a atuação da médica em ambos os casos.
Em 2021, Geysa virou ré em um processo criminal de homicídio culposo contra Adriana Ferreira Capitão Pinto, que morreu em 22 de julho de 2018. Na época, o viúvo Luiz Fernando Pinto havia decidido presentear a esposa com uma lipoaspiração no abdômen e enxertia nos glúteos, procedimentos realizados pela médica. Em uma semana, a vítima, mãe de duas crianças, apresentou diversas complicações, como inchaço nas pernas e falta de ar.
Durantes as investigações, constatou-se que o consultório de Icaraí, onde o procedimento foi feito, não era adequado para cirurgias: não tinha controle de limpeza e desinfecção, assim como de área própria para descarte de material infectante e ausência de uma Central de Materiais de Esterilização. Foram encontrados medicamentos com data vencida, gazes com sangue, e equipamentos faltantes, como desfibrilador.
Além disso, Geysa não havia especialização necessária para os procedimentos, já que a única certificação reconhecida pelo Cremerj, naquele ano, era o de otorrinolaringologista. Atualmente, outras três especializações foram validadas pela instituição: Medicina do Trabalho, Medicina Estética e Medicina Ortomolecular.
Em 2022, Geysa foi condenada pelo crime com prestação de serviços comunitários e com o pagamento de um salário-mínimo à família da vítima, por tempo a ser determinado pela Justiça. A defesa da médica recorreu da decisão e, atualmente, o processo está aberto.
Os sete processos cíveis contra Geysa Leal narram complicações pós-cirurgias. Em todos, as vítimas são mulheres, e os procedimentos estéticos variam de lipoaspiração, a bioplastia nos glúteos ou colocação de prótese nas mamas. Do total, três foram arquivados. O mais antigo ainda em aberto data de 2010, quando a paciente gastou R$ 5 mil com a colocação de uma substância nos glúteos, mas acabou apresentando reação: formações de caroços e secreções na região.
Em um caso de 2018, a vítima narra ter feito lipoescultura e colocado silicone nas mamas com a médica, que não teria colocado dreno para a vazão de líquidos do corpo da paciente. Com isso, os locais que passaram pela plástica ficavam úmidos e infeccionados. Cinco dias depois, os pontos abriram e a mulher precisou ir às pressas ao consultório de Geysa. Ao chegar lá, foi atendida por outra médica, que realizou uma sutura dos pontos sem aplicação de anestesia.
Sete dias se passaram, e nova ruptura aconteceu. A paciente retornou ao consultório e teve os pontos refeitos por Geysa, com aplicação de anestesia. Os pontos abriram uma terceira vez e, após orientação de outro médico, pediu para que a cirurgiã retirasse as próteses. À polícia, a vítima contou que o procedimento final foi “muito doloroso e feito com truculência”. Os seios ficaram lesionados e deformados. O processo foi arquivado este ano.
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